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  • Inquérito sobre o golpe: advogados de Braga Netto solicitam que STF declare Moraes suspeito para o julgamento da denúncia


  • De acordo com a PGR, participação do militar incluiu dinheiro para o plano Punhal Verde Amarelo, que previa a hipótese de assassinar autoridades, incluindo Moraes.

O general Walter Braga Netto, por meio de sua defesa, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheça a suspeição do ministro Alexandre de Moraes para julgar a denúncia da Procuradoria-Geral da República sobre tentativa de golpe de Estado.

A defesa solicita que o Supremo indique um novo relator para o caso. Essa análise será feita pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso.

O general, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo Bolsonaro, e candidato a vice-presidente na campanha de reeleição, está preso desde dezembro como parte das investigações sobre a tentativa de golpe. 

De acordo com a PF, o general tentou atrapalhar a apuração.

A PGR apontou também, na denúncia, que o general teve um posicionamento central na acusação da trama golpista.

De acordo com os advogados, como a PGR imputa a Braga Netto o financiamento do plano chamado de Punhal Verde Amarelo – que previa o monitoramento e até a morte de autoridades, entre elas o próprio Moraes –, a imparcialidade necessária para o julgamento pode ser comprometida.

Segundo depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Braga Netto pagou pela ação dos kids pretos que estavam executando o plano. 

Cid declarou que recebeu de Braga Netto uma sacola de vinho contendo o dinheiro.

Braga Netto, Bolsonaro e mais 32 pessoas foram denunciados por:

- organização criminosa armada;

- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

- golpe de Estado;

- dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;

- deterioração de patrimônio tombado.

Bolsonaro também foi apontado pela PGR como líder do grupo.